Cuidar de uma pessoa que tenha o diagnóstico de Alzheimer e com problemas comportamentais associados pode ser algo bastante desafiador e estressante. A proposta dessas orientações que se seguem é a de ajudar no manejo de situações difícieis, especialmente quando a pessoa apresenta sintomas de nervosismo, agressividade e medo.

  1. Primeiro, ajuste suas próprias atitudes e sentimentos com o que está se passando.

a. Ficar nervoso, além de não ajudar em nada, pode tornar as coisas piores.

b. Tente permanecer calmo e centrado.

c. Use auto-tarefas para manter-se sob controle. Por exemplo: “ essa pessoa está desconfortável e precisa da minha ajuda” “ Eu consigo lidar com isso. Não preciso ficar nervoso” “ Ele não está realmente bravo comigo. Simplesmente ele está nervoso e eu estou por perto…”

d. Evite palavras ou ações que possam ser ameaçadoras para aquela pessoa

e. Se você não puder lidar com as suas emoções, alerte outra pessoa para que assuma o seu posto.

  1. Perceba-se no sentido de o que você está fazendo com o seu corpo e em como isso pode ser interpretado pela pessoa.

a. Não o surpreenda; mova-se com firmeza porém de forma lenta;

b. Mantenha suas mãos visíveis, com as palmas voltadas para cima, o que não é ameaçador;

c. Respeite o espaço pessoal dele; quanto mais ameaçados eles se sentirem, maior será o espaço que deverá ser proporcionado.

d. Não fique posicionado em frente ao paciente de forma a estar confrontando-o. Fique levemente de lado.

e. Esteja atento para não olhar, encarar ou desafiar a pessoa com o contato visual.

f. Não vire suas costas para o paciente

g. Sempre tenha uma via de escape.

h. Evite colocar-se sobre o paciente (principalmente se eles estiverem sentados ou reclinados), o que pode soar bastante ameaçador

  1. Pense sobre O QUÊ  e COMO falar:

a. Falar frases curtas e simples

b. Usar um tom de voz e um ritmo normal de conversação

c. Mostrar preocupação e cuidado

d. Evitar sarcasmo, insultos e mesmo humor (que pode ser mal interpretado)

  1. Use maneiras de explicar ou direcionar o raciocínio do paciente, que sejam apropriadas para a pessoa e para o que a situação exige.

a. “Desculpe-me se isso o ofendeu. Não foi minha intenção”

b. “Seu comportamento está me preocupando (assustando, …)”

c. “Como posso melhorar o seu conforto”

d. “Senhor(a) xxxxx, o que acha de irmos para o seu quarto (ou a um lugar mais calmo…)”

e. “Está  tudo bem agora. O senhor está salvo aquei comigo. Ao deixarei que nada de mal aconteça com o senhor(a)”

  1. Ouça atentamente ao que ele está tentando dizer e tente responder a tal mensagem.

a. Confirme o significado: “o senhor esta dizendo que…”

b. Evite dar conselhos

c. Responda ao conteúdo da mensagem ( o significado verdadeiro), não da forma que está sendo dita. Procure entender o que o está deixando nervoso; responda as necessidades  ou sentimentos que não estão sendo contemplados.

d. Não assuma que eles entenderam tudo o que foi dito. Lembre-se que o nosso foco fica muito estreito quando se está ansioso.

  1. Tente acalmar ou aliviar a situação, lembrando que a prioridade é a proteção a si mesmo e aos outros.

a. Saia do local se estiver diante de uma ameaça séria e contínua

b. Solicite ajuda, mesmo se não estiver certo de que ela é realmente necessária.

c. Use restrição mecânica/física apenas como último recurso. Tente todo o restante antes.

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